A decadência das barracas de praia

As tradicionais barracas das praias de Santos são um negócio decadente. Isso é o que mostram os números, já que elas diminuíram do ano passado para esse, são 145 ao longo da orla. Até o ano 2009, eram 170 barracas, mas no processo de renovação do registro obrigatório, 25 não regularizaram a documentação junto Secretaria Municipal de Esportes de Santos (SEMES).


Os barraqueiros responsáveis por essas barracas admitem a crise. Odair José Ferreira trabalha no ramo há mais de oito anos e atualmente cuida da barraca da Cardoso Contabilidade. Ele explica que as pessoas vão para a praia e ficam por conta própria, que não existe mais a idéia de união dos grupos, como existia tempos atrás com as barracas. Além disso, hoje não é obrigatório ser membro do grupo para frequentar as barracas, pois elas são abertas a todo o público.

Ele afirma que não perdeu cliente para os ambulantes. “Estão todos na mesma situação. Nosso movimento diminuiu bastante, mas o deles também”. Os barraqueiros não costumam abrir nos dias de semana, pois seria economicamente inviável. Só abrem nos fim de semanas e feriados, com programação especial na alta temporada.

As barracas de praia têm um caráter social e de lazer, para união de seus associados. A legislação atual não exige a participação em competições esportivas, oficiais ou não. Os grupos que administram as barracas são, em sua maioria, clubes sociais, sindicatos e associações.

Felipe Mendonça