sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Saúde em risco

Dificuldade de acesso ao atendimento, falta de informação e más condições de moradia fazem com que a incidência de doenças aumente.

Essa matéria foi produzida por Cidinha Santos e faz parte do jornal Mural do Centro, setembro/2009 . Discutir os temas e buscar as fontes foi um desafio para a equipe integrada também por Cássio Freitas, Brenda Duarte, Daphine Machado, Fabíola Ferreira, Nathália Geraldo, Natasha Guerrize, Paula Moreira e Luiza Gonçalves.

Os empecilhos colocados pelo poder público que não disponibiliza as informações e dificultam o acesso precisou ser vencido. Trabalhar as contradições percebidas entre os problemas levantados junto aos usuários das Unidades Básicas de Saúde, moradores do Centro, e os dados oficiais fornecidos pelos órgãos públicos foi encorajador.


Quando a fonte é a população, outra cidade é redesenhada. A outra, pintada pelo governo municipal serve apenas para ser pendurada na parede, como uma obra de arte inacessível aos moradores da cidade real.

Dois projetos de pesquisa da UniSantos, coordenados pela professora Rosa Maria Ferreiro Pinto, apontam que as condições de habitação e saúde dos moradores do Centro de Santos são precárias, principalmente nos cortiços. O trabalho é uma iniciativa do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação em Saúde Coletiva, que começou no final de 2008.

Uma das metodologias aplicadas foi a de entrevistar as mulheres em situação de risco residentes na região central da Cidade, além de analisar as condições de sobrevivência e as consequências da saúde individual e da família.

Devido à ausência de moradia saudável, essa população adquire diversas doenças, dentre elas a tuberculose. Outras doenças respiratórias e circulatórias, além de hipertensão, diabetes, HIV/Aids e transtornos psiquiátricos, também fazem parte da realidade dos moradores dessa região.

Outra questão séria é a convivência com as drogas, lícitas ou ilícitas, o que fragiliza ainda mais a saúde física e mental de mulheres, homens e crianças. As mulheres que consomem drogas ilícitas admitiram ter feito isso por causa dos companheiros, também usuários.






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