sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

População não respeita vagas para idosos

Muitas pessoas questionam as vagas preferenciais para idosos. Mas, de acordo com o artigo 41 do Estatuto do Idoso, elas são tão válidas quanto qualquer outra preferência. "É assegurada a reserva, para idosos,nos termos da lei local, 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso". Entretanto, a população não respeita as vagas preferenciais, tanto quanto os supermercados não controlam as irregularidades.
O número de vagas especiais varia de acordo com o total de vagas encontradas em cada estabelecimento. O hipermercado Extra, da rede Pão de Açúcar,possui 52 vagas para idosos e 37 para deficientes, que ao invés de serem usadas pelo público ao qual são destinadas, têm como usuários jovens e pessoas não portadoras de deficiência.
O responsável pelo estacionamento, Mario Donizete, afirma que não é dever do hipermercado fiscalizar irregularidades como essa. E afirma que, a empresa terceirizada contratada, a Exclusiva, é quem fica responsável por eventuais problemas. Porém, a representante da empresa, Rafaela da Silva, contradiz a informação. "O compromisso da Exclusiva é apenas com a segurança do estacionamento. Temos funcionários que circulam por todo o local para evitar roubos, para avisar sobre ocorrência de acidentes e manter o funcionamento normal das coisas por aqui. Mas, em relação às vagas não serem respeitadas - e realmente não são - é o Extra quem deveria fiscalizar, e ele não o faz. Cansei de propor que eles contratassem três funcionários para direcionar os idosos e evitar os clientes 'espertinhos'. Mas não tem jeito, eles estão querendo diminuir funcionários, e não vão contratar ninguém. E as reclamações e culpas vêm todas pra mim"
Aparentemente a população santista não respeita as vagas preferenciais, o que prejudica deficientes e idosos que precisam estacionar em locais de fácil acesso. O responsável do estacionamento do hipermercado defende o estabelecimento, dizendo que estudos para implantação de correntes ou outros meios para o controle do uso de vagas já vêm sendo feitos.

Texto publicado por Agatha Abreu. Agência Facos - 26.09.2008


Marcella Martins

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