Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo de sacolas plásticas tradicionais chega a 12 bilhões de unidades por ano. Em média, cada brasileiro utiliza em torno de 66 sacolas por mês, que podem demorar até 400 anos para se decompor. No total, as embalagens são 10% de todo o detrito do país.
Tema polêmico, o material biodegradável não agrada a indústria produtora de sacolas plásticas. Segundo Odair Silveira, que fabrica sacolas personalizadas para supermercados e lojas, o produto já faz parte da vida das pessoas.
“O plástico está presente em milhares de produtos. Faz parte da vida de todo mundo. Para quem faz compra a pé ou de ônibus então, as sacolas são fundamentais”, defende.
Já a professora mestre e bióloga Suzana Monteiro discorda do fabricante. Segundo ela, deixar de usar sacolas plásticas é apenas uma questão de educação. “Antigamente não tinha sacola de plástico. As embalagens nos supermercados eram de papel. Então é só uma questão de costume, de reeducação da sociedade. Até porque as sacolas vão continuar, só será modificada a matéria-prima”.
Suzana explica ainda, a diferença entre os dois tipos de produto.
“As sacolas comuns podem levar até 400 anos para se decompor. As biodegradáveis não. Ao contrário das plásticas, levam poucos meses para desaparecer no meio ambiente e os resíduos que ficam não são tóxicos. É uma vitória totalmente significativa na luta contra a degradação da natureza”, conclui.
Já aderindo a responsabilidade social, o Grupo Carrefour anunciou recentemente um novo projeto. Em parceria com o Governo Federal, que administra o Saco é um Saco, a rede afirmou que vai eliminar as sacolas de todas as lojas do país em no máximo quatro anos.
Saudada pelos ambientalistas como a inclusão de Santos entre as cidades preocupadas com os danos ao meio ambiente, a nova Lei deve ser regulamentada em um prazo de 60 dias. O descumprimento da regra acarretará ao infrator multa no valor de mil reais.
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