A edição especial do jornal Agência Facos, 28/03/2008, teve como tema a comemoração dos 40 anos do Maio de 68. A equipe formada pelos alunos e alunas orientados pelos professores Gerson Moreira Lima e Ivani Ribeiro da Silva foram a campo para cumprir um papel de relevância: ouvir os atores polícos de Santos, que participaram intensamente do movimento estudantil.
Por Agatha Abreu
Entre 1965 e 1970, na França, concentraram-se várias manifestações de estudantes, negros e trabalhadores em geral, contra o sistema político estabelecido. Eram movimentos basicamente organizados em torno da efetivação dos direitos humanos declarados pela ONU (Organização das Nações Unidas). Porém, no mês de março de 1968, o reitor da Universidade de Nanterre, naquele país, proibiu os rapazes de visitar as moças em seus dormitórios. Um motivo aparentemente banal, mas que foi o "basta" para os estudantes, em grupo de cem, invadirem a secretaria da universidade em protesto. O reitor, assustado, suspendeu as aulas e chamou a polícia.
Nasceu, naquele protesto, um líder estudantil que inspirou uma geração inteira: Daniel "Le Rouge" (vermelho, em francês). Ele incentivou, dias depois, os estudantes da Sorbonne a seguirem o exemplo de Nanterre. Em seguida, ocorreu uma reação agressiva da polícia parisiense, que gerou uma onda de passeatas. Uma revolta permanente foi implantada contra o governo conservador do general Charles De Gaulle (herói da resistência francesa, durante a Segunda Guerra). O sindicato de ensino e os estudantes entraram em greve. Policiais, armados com bombas de gás lacrimogêneo, transformaram as ruas em um campo de batalha, quando os estudantes tentaram retomar o prédio e enfrentar as tropas policiais. Dias mais tarde, centenas de estudantes foram presos.
Entrei uma série de pixações em muros, uma frase ficou famosa: "Défense d'interdire!" (É proibido proibir!). E sem um fim único concreto, essa frase e a revolta passaram a envolver literalmente todo o mundo - EUA, Alemanha, Itália, Inglaterra e América do Sul - , nas reivindicações dos trabalhadores, por melhores salários; dos negros, contra a Guerra do Vietnã.
Aderiram à greve dez milhões de trabalhadores e os protestos foram tantos, que chegaram ao ponto de levar De Gaulle a criar um quartel general de operações militares para lidar com a insurreição. Quase todos os setores da sociedade se envolveram e pessoas de todas as idades liam diariamente os boletins dos estudantes, ou discutiam a revolução em auditórios sempre lotados.
O governo estava próximo ao colapso naquele momento, mas a revolução evaporou quase tão rapidamente quanto havia surgido. A situação foi controlada no final de maio com violenta repressão. No total, foram mais de 1,5 mil feridos. O governo de De Gaulle, abalado, sustentou-se no poder somente até abril de 1969. Os maios de 68 se repetiram ao redor do mundo com uma série de realidades diferentes.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
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