Nathália de Alcantara
Há 9 anos, diante da realidade do mercado de trabalho que apontava um crescimento demasiado no número de oportunidades para o setor da construção civil, o operador de grua Ramilson Manoel Elói, de 44 anos, se viu diante da chance de estudar para atuar na área.
Foi sentado em um equipamento, que anos mais tarde daria origem a uma grua, que sentiu pela primeira vez que trabalharia na profissão pelo resto da vida.
“Adoro o que faço até hoje e não penso em parar tão cedo. Muito pelo contrário. Estou sempre em busca de novos cursos e novidades no setor em que atuo para continuar atualizado nessa caminhada”.
Durante quase uma década manuseando máquinas de todos os tipos, tamanhos e pesos, Ramilson lembra com carinho do primeiro dia em que subiu numa grua de 28 rodas, cujo peso é de 100 toneladas, tanque de 17 mil litros de água e seis baterias. Tudo isso a 28 metros do chão.
“Quando manuseei a MGH 200 senti um friozinho na barriga. E isso porque eu tinha feito um curso de 6 meses para estar devidamente habilitado para a função. Fiquei com medo da altura e essa máquina realmente me deu muito trabalho por responder muito rápido aos meus comandos. Hoje, estou acostumado com a minha função”.
O momento que mais marcou sua carreira profissional foi o dia em que passou o maior sufoco. “Eu estava passando com uma carga de 40 toneladas quando vi uma pessoa passando embaixo do carregamento. Na hora, achei que tivesse acertado o rapaz e causado um óbito. Isso porque eu chequei antes e não tinha visto ninguém por perto. Fiquei muito nervoso e imediatamente abri a mão – para evitar acidentes, as máquinas que carregam muito peso estão programadas para travarem toda vez que o operador não está com as mãos fechadas e segurando firme o controle”.
Foto 1: stock exchange
Foto 2: ,azeitePostado por Nathália de Alcantara
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